A manutenção de equipamentos hospitalares é exigida pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por meio de legislações como a RDC n° 2/2010.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2010/res0002_25_01_2010.html
De acordo com essa resolução, todas as unidades de saúde devem elaborar e implementar um planejamento que garanta o gerenciamento correto dos equipamentos. A coordenação deste plano deve ser, obrigatoriamente, feita por um profissional plenamente capacitado. Inclusive, é ele quem identifica, junto com a equipe médica, a frequência necessária de manutenção.
Além de ser essencial para garantir o sucesso e segurança de qualquer procedimento, as manutenções também beneficiam amplamente as finanças do negócio, já que evita substituições e consertos frequentes.
Os dispositivos com alta tecnologia – os mais utilizados hoje em dia – perdem a qualidade quando não são manuseados corretamente e não recebem a manutenção necessária. E vai além disso: a integridade e vida do paciente podem ser gravemente afetadas.
Como é a rotina de conservação dos equipamentos no seu local de trabalho? Compreender como ela é feita, passo a passo, pode contribuir significativamente para o dia a dia da equipe, que é parte essencial do processo de preservação.
Manutenção de equipamentos de videocirurgia: entenda como é feita
Em primeiro lugar, é importante compreender que existem dois tipos de manutenção: a preventiva e a corretiva.
Manutenção preventiva: deve ser realizada periodicamente, após cada uso, pela equipe da CME, com a finalidade de garantir o bom desempenho dos aparelhos. Evita falhas e riscos, além de promover segurança e economia.
Manutenção corretiva: é feita para corrigir as falhas e danos causados aos aparelhos. É importante destacar que a ausência de determinados equipamentos podem significar uma pausa nos serviços e impactar o orçamento negativamente. Por esse motivo, a manutenção preventiva deve ser priorizada.
O tipo de manutenção é variável, de acordo com as características das peças, frequência de uso e orçamento disponível.
No entanto, existem alguns passos que são unânimes e aplicáveis durante a manutenção de qualquer dispositivo. São eles:
1 – Inspeção geral do equipamento
Vistoria com a finalidade de verificar o estado de conservação e funcionalidade do aparelho;
2 – Lubrificação das peças
Os itens que mais costumam precisar de lubrificação são as articulações. É feita para evitar corrosão, travamento da peça e desgastes precoces;
3 – Verificação de desempenho
Checagem do funcionamento do aparelho de acordo com padrões mínimos de funcionalidade e segurança;
4 – Verificação da parte elétrica
Uma parte dos equipamentos trabalham com corrente elétrica. Logo, é preciso investir em testes para avaliar se há ou não riscos no manuseio do equipamento;
5 – Substituição de equipamentos
A substituição de equipamentos somente é necessária após o fim de vida útil do mesmo, sendo que, quando a manutenção é bem realizada, uma ótica de boa qualidade dura mais de 20 intervenções com desmontagem completa. Os instrumentais são trocados somente quando o aço, em sua maioria das peças, apresentarem desgaste tamanho que não permita mais ajustes.
Essa recomendação reflete na entrega de bons resultados, aumento da eficiência, facilitação do trabalho e diminui consideravelmente os gastos com eventuais manutenções corretivas e reposição de material.
Além disso, há algumas boas práticas que nunca devem ser esquecidas, tais como manuseio, calibração e higienização correta, descontaminação e cuidados no transporte e movimentação.